Israel iniciou hoje uma nova ofensiva terrestre contra a cidade de Gaza, a maior do território palestino, que já chegou a abrigar um milhão de pessoas. O local é considerado por Israel como o último reduto do grupo Hamas.
A invasão terrestre ocorreu após uma madrugada de intensos bombardeios aéreos. Segundo o porta-voz do exército israelense, o objetivo é recuperar reféns e derrotar de vez o Hamas. Ele afirmou ainda que a operação vai continuar até que a meta seja alcançada e mais tropas devem chegar em breve.
O alto comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, Volker Turk, criticou a ofensiva e pediu a Israel que encerre o que chamou de “carnificina”.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) classificou como “desumano” obrigar crianças palestinas a novos deslocamentos.
A invasão ocorre no mesmo dia em que um relatório feito por um comitê independente contratado pela ONU afirmou que Israel comete genocídio na faixa de Gaza. Segundo o documento, a conclusão foi baseada nos seguintes atos cometidos por Israel – matar civis, causar danos físicos ou mentais graves, impor deliberadamente más condições de vida para provocar a desnutrição dos palestinos e impor medidas para evitar o nascimento de bebês palestinos.
O relatório cita bloqueios de ajuda humanitária, deslocamentos forçados e a destruição de uma clínica de fertilidade.
O embaixador israelense em Genebra, Daniel Meron, negou as acusações e chamou o relatório de escandaloso e falso.
*Com informações da Agência Reuters
Fonte Agência Brasil