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como internet livre virou império das big techs

Aquela Web aberta e descentralizada virou uma coleção de “Jardins Murados”, termo usado na área acadêmica para descrever esses ecossistemas digitais fechados, controlados por uma única empresa ou plataforma. A expressão vem da metáfora dos jardins cercados no mundo físico, um espaço bonito, aconchegante, mas com muros que limitam a entrada e a saída.

Os links, que são o coração da Web, tornaram-se os vilões dos “Jardins Murados”. Não demorou para as plataformas entenderem que eles eram a rota de fuga de seus impérios, então passaram a dificultar ao máximo a postagem com links.

O Instagram não permite links nos comentários, e quase todas as outras redes diminuem o alcance de post que veiculam links. Quando o tempo de tela vira rei, vale tudo para manter os usuários rolando, clicando e consumindo, inclusive usar cada vez mais algoritmos para capturar a atenção.

Enquanto o mundo inteiro discute que o uso excessivo de redes sociais é uma questão importante, muitas vezes relacionada com a saúde mental, a Meta destacou no seu balanço do 1o trimestre que “Nos últimos seis meses, as melhorias em nossos sistemas de recomendação resultaram em um aumento de 7% no tempo gasto no Facebook, 6% no Instagram e 35% no Threads”.

Quando elas controlam o tráfego e comportamentos, mandam em tudo. É um poder de concentração absurdo. Doctorow tem uma lista de exemplos de como as principais plataformas degradam seus serviços visando aumentar o lucro e influência. A Amazon tende a mostrar produtos mais caros nas primeiras páginas. Instagram e Facebook priorizam post pagos (muitos deles fraudulentos), reduzindo o alcance orgânico.

Nesta semana, li uma matéria da BBC mostrando como ofertas de rótulos, tampas e selos falsos de bebidas circulam livremente em grupos do Facebook. E a lista vai embora. Você também deve ter um ou outro exemplo para nos contar.





Fonte Agência Brasil

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