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OMS e países coordenam resposta para acabar com surtos de Mpox em África

A Organização Mundial da Saúde, OMS e o Centro Africano para o Controlo e Prevenção de Doenças, CDC África ajudam a reforçar a vigilância e melhorar o tratamento e os cuidados às pessoas com Mpox.

A ação coordenada envolve comunidades e entidades parceiras.

Impactos da resposta

Um ano depois de a agência das Nações Unidas ter declarado a doença como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, ESPII, os países africanos intensificaram as medidas de resposta e fizeram progressos para conter a propagação do vírus.

Segundo dados, o número semanal de casos confirmados diminuiu 34,5% no último mês e meio em relação às seis semanas anteriores. Mais de 3 milhões de doses de vacina foram disponibilizadas, quase metade da meta, mais de 951 mil doses administradas e cerca de 900 mil pessoas vacinadas com pelo menos uma dose.

Em 2024, o vírus afetou 50 mil pessoas em 28 países africanos num horizonte de 174 mil casos suspeitos e matou 240 pessoas, tornando a Mpox um sério desafio de saúde publica no continente.

Um agente comunitário aumenta a conscientização sobre o mpox em Kamanyola, província de Kivu do Sul, República Democrática do Congo

Um agente comunitário aumenta a conscientização sobre o mpox em Kamanyola, província de Kivu do Sul, República Democrática do Congo

Garantir Sustentabilidade

Otim Patrick Ramadan é gestor do Programa de Resposta de Emergência no Escritório Regional da OMS para África..

Segundo ele, os esforços colectivos foram cruciais para reforçar as medidas para uma resposta eficaz e é fundamental manter o que tem funcionado da deteção rápida de casos, vacinação direcionada e atempada, sistemas laboratoriais robustos e envolvimento ativo da comunidade.

A prioridade é expandir a vigilância comunitária em áreas de alto risco, continuar a adquirir e distribuir mantimentos essenciais para os pontos críticos e apoiar a integração da resposta noutros programas de saúde.  Apoiar a vacinação direcionada e defender mais financiamento para a distribuição de vacinas.

Os esforços contínuos de resposta têm surtido efeito em países como a Cote d’Ivoir que conseguiu controlar o seu surto após 42 dias sem novos casos. Angola, Gabão, Ilhas Maurício e Zimbabué também estiveram mais de 90 dias sem novos casos confirmados.

Emergências Concorrentes

O gestor adjunto de Incidentes Continentais do CDC África afirmou que a parceria com a OMS revela a forte liderança africana e com recursos limitados, há uma necessidade crítica dela ser mais eficiente.

Yap Boum propõe um trabalho em equipa, com um único plano, orçamento e estrutura de monitorização.

A parceria desenvolveu planos continentais de Preparação e Resposta à Mpox e colideraram a implementação através da Equipa Continental de Apoio à Gestão de Incidentes, em colaboração com parceiros. 13 dos 22 países com transmissão ativa já têm planos de distribuição de vacinas e oito estão a vacinar grupos e contactos de alto risco.

Desde agosto de 2024, a OMS tem trabalhado com os países para aumentar a capacidade de resposta. Os desafios persistem e incluem o acesso limitado a vacinas, défices de financiamento, acesso inadequado a cuidados, estigma e o conflito no leste da RD Congo que prejudica os esforços de resposta.

*Amatijane Candé, correspondente da ONU News em Bissau, com informações da OMS África.



Fonte ONU

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