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Mundo precisa de dar seguimento ao legado de Nelson Mandela

Neste 18 de julho, as Nações Unidas marcam o Dia Internacional Nelson Mandela. A data foi escolhida pela Assembleia Geral para homenagear o nascimento do ex-presidente da África do Sul, em 1918.

Após passar 27 anos na prisão por protestar contra o regime segregacionista do apartheid, Mandela foi eleito chefe de Estado e recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

Arte e educação transformam

Neste Dia Internacional, a ONU News, em Maputo, conversou com ativistas em Moçambique, que se juntam a voluntários em todo o mundo para realizar pequenas e grandes tarefas em prol de suas comunidades.

Uma dessa pessoas, Stella Mendonca, tem 35 anos de carreira artística e académica. É a primeira cantora lírica moçambicana, com passagens pela França nos Conservatórios Nacionais de Paris e Lyon, onde concluiu o Mestrado e especializações em Belcanto na Suíça, Espanha e Áustria.

Ela contou à ONU News que após a sua formação e vivência pelo mundo, o seu regresso à terra natal, ela passou a seguir os exemplos de Mandela de tornar a educação uma arma poderosa para mudar o mundo.

Legado que inspira

“O meu papel como artista resume-se na abertura deste primeiro Conservatório de música e arte dramática com o objetivo de oferecer a melhor educação possível aos nossos jovens que vai além de simplesmente aspectos musicais que passam por aspectos de desenvolvimento de carácter, humano e artísticos…e não poderíamos suficiente dizer, muito obrigado Mandela, viva Mandela, viva a educação, vivam as artes e viva a música”.

Já para o investigador em Estudos pós-coloniais, Jessemusse Cacinda, o legado de Nelson Mandela, permanece vivo e continua a inspirar de uma forma pacífica a convivência entre os seres de diferentes raças, etnias, culturas… por isso recordar os princípios de Mandela é sempre pertinente.

“Hoje é importante falar de Mandela numa altura em que os nacionalismos estão a exacerbar, onde há uma espécie de defesa ferrenha de culturas especificas em detrimento das outras; há cada vez mais organizações ou grupos a poderem ir para os lados extremos. Então, pensar Mandela principalmente nesta sua ideia conciliadora é bastante importante e hoje acima de tudo pode nos inspirar para novas formas de ser e existir.”

Diálogo e reflexão

O uso da arte como ferramenta para promover o diálogo e a reflexão sobre temas como direitos humanos, igualdade, justiça social e liberdade inspirados pela vida e obra de Nelson Mandela, tem sido um dos caminhos inspiradores para produtores culturais.

Féling Capela é fotojornalista e produtor cultural. Ele defende que ações culturais devem envolver pensamentos do panafricanista Nelson Mandela e diz ser seguidor ativo do legado de Nelson Mandela. Em suas ações se destaca a necessidade da reconciliação no mundo contemporâneo.

“Nelson Mandela disse ao regime opressor do apartheid na África do Sul, peguem nas suas armas e joguem para o mar, e nós como produtores culturais quando fazemos uma produção aos nossos festivais, nossa curadoria fotográfica olhamos esses aspectos de harmonização e obviamente lutamos para igualdade do ser humano. Esses direitos humanos têm que ser aplicados, porque temos um líder vizinho de Moçambique, nosso pai, nosso avô e temos obviamente a moral, ética, obrigatória de seguir este legado deste grande panafricanista, Nelson Mandela.”

Estátua de Nelson Mandela na sede da ONU em Nova Iorque

Foto ONU/Ariana Lindquist

Estátua de Nelson Mandela na sede da ONU em Nova Iorque

Resolução de conflitos

Muitos associam o nome de Nelson Mandela a ações filantrópicas por ele desenvolvidas como o caso de resolução de conflitos, pela relação entre povos assim como a reconciliação.

Após a Presidência, criou a Fundação Nelson Mandela com seu nome com objetivo de promover a paz, a igualdade e desenvolvimento social.

Atualmente o nome de Mandela tem sido referências paras diversas iniciativas e projetos filantrópicos, desde direitos humanos, advocacia educação, reconciliação, ativismo pela paz

Este ano, a associação portuguesa ProPública – Direito e Cidadania atribuiu em homenagem póstuma, o Prémio Nelson Mandela 2025 ao advogado moçambicano Elvino Dias.

Advogado ganhou Prêmio Mandela

O prémio reconhece a coragem e dedicação de Elvino Dias, à justiça, à luta em defesa da democracia e aos direitos humanos em Moçambique. Ele foi assassinado em Maputo, em outubro de 2024.

O Dia internacional Nelson Mandela também conhecido por Dia de Mandela é uma comemoração internacional instituída pela Assembleia Geral em novembro de 2009.

A data é comemorada, anualmente, a 18 de julho, dia do nascimento de Nelson Rolihlahla Mandela, que morreu em 5 de dezembro de 2013.

*Ouri Pota é correspondente da ONU News em Maputo.



Fonte ONU

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